Ódio nos consome, munido de revolta
E dor por tantas perdas em vão
Feras famintas choram em vazão
Do sentimento impuro em seu coração
Este é o ponto de ruptura, hora de mostrar
O que se colhe ao plantar destruição
Negação, terror, tortura
A fórmula impiedosa da sua própria queda
Sangue e carne apodrecem em meio a calmaria
Testemunhas torpes do que está por vir
Inspirados a ser uma onda de agonia
E bater de frente nos que tentaram nos fazer cair
Vejo a chance de recomeçar
Mesmo que o ódio desvie meu olhar
Ando à caminho da perdição
A mesma que implora por sangue em minhas mãos
Tormento vivo em meio ao caos funde o ódio e a vingança à nós
Orgulho ferido e dor induzem feras ao terror
Resta pouco para a sua hora chegar
Tão sereno em seu trono intocável
Poucos sabem da verdade que vai se mostrar
Essa que já é a fonte do seu reino abominável
Descanse em tormento quem se opor
A besta que se ergue agora não volta atrás
Escória da vivência a qual nos obrigou
Vislumbre essa luz que não tornará a ver mais
Umbral da nossa fé, força que se força
A tudo ou nada em vão, mostro-te o quanto vale
Morte e traição são parte de tu e nada pode mudar
Ainda que a verdade possa se mostrar
Fúria de um passado revelado
Toma conta dos que já perderam sua razão
Este é o ponto de ruptura de um pecado
Mostrando o que se colhe ao plantar a perdição
Rezo em prantos para não deixar o ódio puro desse mundo me tomar
Aceito que há uma razão para haver perdas e a chance de punição
Respostas mostram o esplendor perdido nos nossos corações
Apenas sinta a esperança implorando por vingança
Inalcançável panteão de joelhos a nós
Vívido é seu desejo de voltar ao céu
Outros tentarão salvar quem cala sua voz
Sem saber da podridão
Abaixo de seu véu